Serra conversou, não discursou, e fez um bocado de promessas (foto ACM)
A segurança pública – para a qual prometeu criar um ministério específico – e principalmente a saúde, foram os principais destaques da longa fala de José Serra durante o lançamento da candidatura de José Ronaldo ao Senado.
Na Saúde, Serra fez um balanço de sua já distante passagem pelo Ministério. Relacionou avanços da época, como a implantação dos genéricos, o programa de combate à Aids e a ampliação do Programa de Saúde da Família. Disse que na Bahia assumiu com uma única equipe em ação e deixou com 800. Mas avaliou que no atual governo a saúde parou de melhorar e com isso acabou andando para trás. “É como uma bicicleta, se parar cai”, comparou.
Como exemplo, Serra mencionou que a Bahia tem metade dos leitos hospitalares que precisa, de acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde. Aproveitou para prometer a construção de um novo hospital geral em Feira de Santana, reivindicação apresentada antes nos discursos de José Ronaldo e Tarcízio Pimenta. Mas em parceria com governos do estado e do município, avisou.
Citou ainda a experiência dos AME (ambulatórios médicos de especialidades), que executou em São Paulo e atendem a 25 especialidades. Cada um realiza mensalmente 15 mil consultas, informou, dizendo que “vai espalhar pelo Brasil” a experiência.
MINISTÉRIO DA SEGURANÇA
Demonstrando que estudou questões locais, Serra destacou que a taxa de homicídio em Feira de Santana chega perto de 70 por grupo de 100 mil habitantes. Segundo ele, este índice é o dobro da média nacional e cinco vezes maior que o de São Paulo.
Serra defendeu que o governo federal deve ter um papel mais ativo na segurança pública, coordenando um plano nacional para o setor. A fim de não contradizer a costumeira crítica da oposição ao atual governo, acusado de inchar a máquina pública, o presidenciável avisou que criando o novo ministério vai extinguir o de Assuntos Estratégicos.
Precisará extinguir mais outro, porque prometeu criar também um específico para melhorar as condições para pessoas com deficiência, como fez na prefeitura de São Paulo.
Finalmente, no setor educacional, prometeu “entupir a Bahia” de escolas técnicas profissionalizantes e na área de transportes avisou que cidades a partir de 500 mil habitantes devem pensar em implantar metrô, com incentivo e apoio financeiro do governo federal.
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