O ambiente do lançamento da candidatura de Fernando Torres a deputado federal, conforme o relato feito por Dilton Coutinho na manhã deste sábado no Acorda Cidade, mostra bem o clima de acirrada disputa que vai imperar nos bastidores da campanha do DEM e aliados em Feira de Santana.
De público, o líder do governo na Câmara, Tom (um dos seis vereadores que anunciaram apoio a Torres), reclamou porque o representante de José Ronaldo no evento, Mário Borges, não declarou em sua fala o apoio do candidato a senador ao dono da festa. Humberto Cedraz por sua vez disse que não poderia haver privilégio para candidato algum e que todo o grupo teria que ser contemplado. O prefeito Tarcízio Pimenta, numa defesa prévia da candidatura da esposa Graça, avisou que ninguém precisa reclamar, porque tem voto para todos.
Talvez não tenha tanto assim. A prefeitura de Feira de Santana é o principal espaço de poder que restou ao grupo, após a perda do governo do estado e o enfraquecimento decorrente do encolhimento do DEM nacional (coadjuvante do PSDB) e do DEM baiano (órfão de ACM).
Na eleição de 2006, quando o grupo tinha muito mais poder nas mãos, a disputa interna já provocou fissuras, que viraram desmoronamentos a partir de 2009, com as saídas de Eliana Boaventura, Jairo Carneiro e Fernando de Fabinho. A abertura das urnas em outubro dirá se a sangria estancou ou se só os paranóicos sobreviverão, como diria Andy Grove.
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