foto ACM
Começou a campanha e pelo menos no palanque Tarcízio Pimenta não deixou margem de dúvida sobre seu posicionamento na eleição de outubro. Dirigindo-se ao governador Paulo Souto, o prefeito de Feira de Santana disse que “se toda a Bahia precisa de seu retorno, Feira de Santana mais ainda, porque viu-se abandonada com sua ausência”.
Para justificar a observação o prefeito citou a obra paralisada do Centro de Convenções, a demora na remoção das casas da avenida Ayrton Senna (onde foi inaugurado o novo viaduto) e até a construção do Hospital da Criança, que na visão do prefeito só foi acelerada nos últimos meses devido à aproximação da eleição. Tarcízio chegou a prever que os equipamentos para o efetivo funcionamento da unidade irão demorar e que por isso tão cedo o hospital não começa a atender. Ao começar o discurso, o prefeito chamou Paulo Souto de “meu eterno governador”.
Tarcízio classificou a derrota de Souto em 2006 como “acidente histórico”, atribuindo a vitória de Jaques Wagner ao prestígio nacional do presidente Lula, que disputou a reeleição no mesmo ano.
REIVINDICAÇÕES
A construção de um novo hospital geral fez parte da lista de reivindicações apresentadas pelo prefeito ao presidenciável José Serra. Tarcízio pediu ainda a duplicação total do Anel de Contorno, obras em rodovias federais, ajuda para o prolongamento da avenida Nóide Cerqueira, porto seco e pólo de logística para o município e até um pólo náutico no rio Jacuípe.
Ao fazer o elogio do candidato de sua coligação, José Serra, o prefeito bateu também indiretamente em Lula, dizendo que o tucano faz política sem mensalões, sem compra da consciência de parlamentares e de organizações sociais. “Um dos maiores brasileiros de nosso tempo”, foi como ele definiu o presidenciável.
O prefeito foi mais econômico na empolgação quando se dirigiu a José Ronaldo, a quem chamou de “meu grande amigo”. Mas compensou exortando os presentes no Spazio (em grande parte políticos) a se empenharem para eleger Ronaldo como senador.
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