Poucos atrasos e muitas faltas no segundo dia do Enem em Feira de Santana. Em algumas das maiores escolas da cidade visitadas pela reportagem, não foi registrada nenhuma ocorrência de candidatos chegando depois do horário marcado para o fechamento dos portões. Em compensação, a abstenção estava sendo estimada em 25% pela direção de uma destas escolas.
Entre os candidatos, ainda repercutia o dia anterior. A grande queixa era a extensão das questões da véspera. “Todas as perguntas eram longas e as opções de resposta também. Com 90 questões sobraram segundos para resolver cada uma”, exagerou Adna Pessoa, enquanto esperava o início da prova de domingo no colégio estadual Assis Chateaubriand. Ela concluiu o Ensino Médio em 2003, mas estava fazendo o Enem em busca de pontuação para se habilitar ao ProUni, programa do governo federal que concede bolsas em faculdades particulares.
“A primeira prova foi muito cansativa. Além das perguntas grandes, as respostas também longas. Quando a gente terminava de ler nem sabia mais o que tinha lido”, protestava Lua Maitana Souza, que no segundo dia dedicou-se primeiro a escrever a redação e acabou saindo do colégio estadual Gastão Guimarães bem antes do prazo final que ia até 17:30.
“A de português eu domino melhor e achei fácil. A de matemática nem tanto, mas deu para responder tudo”, contou Luane Melo, que fez o Enem pela terceira vez e achou o deste ano o mais difícil. “Acho que aumentaram o rigor porque vai ficar no lugar do vestibular de algumas faculdades públicas”, especula.
Elian Rios, que nunca teve experiência anterior no Enem, fazia um lanche tranquilamente do lado de fora do Colégio Luís Eduardo Magalhães, depois de ter sido a primeira da sala a entregar a prova, por volta de 15 horas. “Não é que estivesse fácil. É que eu estudei. A de sábado estava mais fácil ainda”, analisava confiante.
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