Estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) resultou na produção de um inseticida natural a partir do sisal que pode ser usado para combater ácaros, fungos, mosquitos e pragas que atacam a lavoura. O bioinseticida possui o mesmo efeito do inseticida químico, mas traz a vantagem de não contaminar o meio-ambiente, não representar risco à saúde humana e ter baixo-custo.
Os pesquisadores observaram que as substâncias que compõem e protegem o sisal (saponinas, cumarinas, taninos e alcalóides) causam efeitos tóxicos, de irritação, e interferem no desenvolvimento dos insetos. A partir dessa constatação, os estudiosos, durante três anos, se debruçaram na busca de um bioinseticida explorando essas substâncias, para combater principalmente as pragas.
Primeiramente, as fibras são retiradas. O resíduo é levado ao laboratório de extração, onde é espremido com a prensa para retirada do resíduo líquido. Este é filtrado duas vezes e depois desidratado em uma estufa a 60ºC. Após a desidratação, o resíduo líquido concentrado é misturado a uma proporção de etanol calculada pelos pesquisadores. O bioinseticida está pronto, basta que o agricultor misture com a água para pulverizar.
O coordenador da pesquisa, professor doutor Juan Tomás Ayala Osuna, chama atenção para o fato de que o sisal é pouco aproveitado. “Apenas 5% da folha do sisal é aproveitada, que é justamente a fibra utilizada na produção de carpete, telhas, tijolos, pára-choques; o restante, 95%, é descartado no meio ambiente”, lamenta.
Foi aproveitando o resíduo que os pesquisadores encontraram a fórmula ideal para o inseticida natural. Os resultados impressionaram os pesquisadores e foram altamente eficientes não somente no controle de pragas, mas também como inseticidas contra mosquitos, fungos e ácaros.
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