13.11.09

“A impregnação de veículos clandestinos prejudica as empresas que operam licitamente”

 

O autor esqueceu ou não quis colocar o nome (embora tenha posto o email) no comentário ao texto “O Sincol não é mais o mesmo. O transporte é”. Mas a qualidade da reflexão justifica a publicação. Seguem-se as palavras do misterioso mestrando spectronn:

 

É preciso amplitude de visão para identificar que, não da forma como esperamos, houve uma melhora no transporte coletivo de Feira de Santana, desde a implantação do Sistema Integrado. Foi amplamente divulgado que a Transportes Princesinha adquiriu, neste ano, 26 ônibus novos e entre os anos de 2007/08 houve a renovação total da frota da empresa Viação 18 de Setembro. É importante percebermos que há políticos que utilizam o transporte local como palanque e esquecem de identificar soluções, apresentando apenas problemas. Feira de Santana possui um elevado número de ruas que não possuem pavimentação, principal elemento para a ineficiência do transporte, já que dificulta a conservação dos veículos e contribui para a sua danificação. É notável que os bairros que não possuem pavimentação tem um transporte mais irregular e um maior índice de veículos quebrados. A impregnação de veículos que realizam transporte CLANDESTINO pela cidade, acaba prejudicando as empresas que operam licitamente.

Será que qualquer empresa que se preze estaria contente em prestar um serviço de má qualidade? Qual tipo de empresa poderia ter este propósito? Já que a qualidade de um serviço/produto é o que mantém uma empresa no mercado.

Dentre os principais problemas que afetam o desempenho e a qualidade do transporte coletivo pode-se destacar a falta de políticas públicas que visem promover a organização da atividade, bem como ausência de políticas de inibição da atuação de fornecedores de transporte clandestino. Este último provoca um ciclo vicioso, pois na medida em que não há combate a clandestinidade, afeta os resultados das concessionárias, as quais reduzem a eficiência que, por sua vez, fomenta ainda mais a clandestinidade. As políticas públicas devem ser voltadas para promoção da qualidade do serviço de transporte coletivo, garantindo a mobilidade das pessoas, conforto e modicidade. 

Um sistema de transporte coletivo planejado, otimiza o uso dos recursos públicos, possibilita investimentos em setores de maior relevância social e uma ocupação mais racional e humana do solo urbano. O transporte público é uma prioridade governamental em todo o mundo, pelas vantagens sociais e reduções das emissões poluentes ao meio ambiente. No entanto, vemos que o município está regulamentando 500 moto-taxistas. O transporte individual destrói uma cidade e não promove a sustentabilidade ambiental do nosso município, Estado, País e Planeta. O aquecimento global é um problema de todos nós.

Toda conseqüência tem sua(s) causa(s). É preciso enxergar a(s) causa(s) para podermos apresentar soluções. 


Mestrando em Desenvolvimento Regional.
spectronn@hotmail.com

Posted via email from Glauco Wanderley

2 comentários:

  1. Anônimo14/11/09

    Muito bom o comentario, porem o transporte público hoje é um problema no mundo, o transporte individual (não só motocicleta, carro, etc) é um veneno para o transito, porem não se pode negar a sua aceitação pelo publico, bem como a comodidade para o passageiro e ocupa exatamente esse vácuo que o transporte coletivo deixa. Há de se criar soluções, por exemplo, já existe cidades cobrando pedagio em ruas congestionadas do centro da cidade (pedagio urbano) em determinados horarios, e tem sido uma medida eficente porque capitaliza o municipio, e o motorista individual procura sim outras vias de acesso ao centro das cidades.E o transito descongestiona mesmo.

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  2. Anônimo14/11/09

    O problema do transporte passa por varios outros, dentre eles: asfaltamento dos principais corredores de trafego,(o prefeito tá começando a fazer). O problema tá longe de ser resolvido rapido, pois o trasnporte individual só aumenta,as concessionarias de automoveis e motos estão sempre batendo record de vendas, e jogando mais carros nas ruas, tem como parar esse progresso? Não, caso contario terão outras consequencias. Logo há de se criar medidas para amenizar o problema, já que as cidades não foram planejadas para receber tantos carros ou motos.E o trasnporte de massa cada dia encolhe, já que o individual cresce, embora seja um mal para o transito. Talvez possa estudar uma via exclusiva só para motos, já que Feira tem mais motos por habitante do que Sao Paulo, Salvador, Rio de Janeiro, só perde para Cuiabá.

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