Fiz uma busca na internet para descobrir a pluviosidade no semi-árido. Claro que na internet é preciso tomar cuidado pois proliferam informações pouco confiáveis.
Quando se trata de encontrar informação consistente em português, há dificuldade. Às vezes assuntos sérios em português somente são encontráveis em sites de Portugal.
No Brasil é mais complicado. De qualquer modo, não esperava ver tanta desinformação sobre um dado relativamente simples como a pluviosidade.
Mas foi o que aconteceu. Limitando-me apenas à primeira página de respostas do mecanismo de busca, achei sete pluviosidades diferentes. De oito sites, apenas duas tinham informação coincidente. Um festival de falta de informação segura.
Um site (de um certo Projeto Cactáceas Brasileiras) diz que a pluviosidade mínima já registrada no Nordeste do Brasil foi de 278 milímetros em um ano. O outro, do Ministério da Integração Regional dá a entender que é comum chover ainda menos: a pluviosidade varia, diz a página do governo, de 250 a 800 milímetros. Já o pessoal do Fome Zero (um site da sociedade civil, de apoio ao programa governamental), fala em média de 700.
E por aí vai. Entre fontes desconhecidas e outras aparentemente confiáveis, o resultado é que se desconfia de todas e constata-se o quanto o nosso Nordeste é tão pouco estudado e conhecido.
Difícil é crer que se não se conseguiu ainda nem determinar com segurança quanto chove por aqui, os sábios da transposição sabem mesmo o que estão fazendo quando se propõem a desviar água do São Francisco para resolver o problema da seca.
6.3.06
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