7.3.06

UEFS na contramão

Sob determinado ponto de vista, pode-se dizer que a avenida Getúlio Vargas é a principal de Feira de Santana. Admitamos que seja. Que pensaria um visitante que atravessasse esta avenida de ponta a ponta, se ela fosse toda esburacada? Haveria de pensar muito mal de nossa cidade e sobretudo de seus administradores. Felizmente a avenida Getúlio Vargas, como outras importantes vias do centro, está em bom estado e por este motivo não falarão mal da cidade.
Mas pensando em visitantes, que pontos de Feira de Santana são mais freqüentemente vistos por pessoas de fora? Certamente a Universidade Estadual estará entre eles. Para ela acorrem milhares de alunos vindos de outros municípios. Não são poucos os professores que não moram em Feira. E devido à finalidade a que se presta a instituição, é freqüente a presença de visitas rápidas, que eventualmente nem sequer passam pelo restante da cidade e praticamente só ficam conhecendo a UEFS. Estes certamente pensarão muito mal de quem administra aquele pedaço de Feira de Santana.
Não se concebe que tendo uma única via para manter, a administração da universidade não consiga fazê-lo. Justificativas hão de existir muitas, porém nenhuma delas vai convencer o usuário eventual ou costumeiro.
Foi publicada nesta Tribuna em 14/12 declaração de funcionário da administração da UEFS dando conta de que o Derba somente tem recurso para asfaltamento de um dos lados (guarita ao sétimo módulo) e que mesmo assim, nenhuma empresa se habilitou na licitação ocorrida em 24/11, ficando remarcada para a quarta que passou (21/12).
São as chamadas justificativas que não justificam. O usuário não quer saber que trâmites burocráticos impedem a resolução do problema. Ele precisa é do problema resolvido. A incapacidade dos gestores de resolver questão tão evidente, provoca sérias dúvidas sobre a possibilidade de resolverem outros que freqüentemente vêm à tona naquela instituição.
Um problema aliás que já se manifestava em todo seu "esplendor" na gestão da reitora Anaci Paim. E que lhe causaria embaraços numa eventual candidatura a prefeita (já se especulava nos preparativos da eleição de 2000 que Anaci poderia ser a candidata carlista). Como responderia a um adversário ou repórter que questionasse sua capacidade de consertar as crateras de toda a Feira, se não conseguia fazer isso na única rua que estava sob sua jurisdição? Não consta que o atual reitor tenha pretensões políticas. Porém, espera-se que tenha vontade de fazer um mínimo possível e causar impressão melhor. Em matéria de aspecto físico, a universidade está na contramão da cidade.

Publicado na Tribuna Feirense em 23/12/05

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