10.3.06

SIT tem 75% de aprovação

Fui ao Secretário de Transportes e Trânsito e vice-prefeito, Antonio Carlos Borges Júnior, me queixar do SIT e fazer uma série de questionamentos. Não adiantou muito. O secretário sacou uma pesquisa ainda inédita, encomendada pela Prefeitura à Economic, mostrando que o novo sistema tem 75% de aprovação dos usuários.
De acordo com o secretário, o número de queixas que recebe, agora que o SIT está em funcionamento há alguns meses, é bem menor do que recebia antes desta arrumação do transporte coletivo. E mais, o grosso das reclamações hoje é sobre a falta de bancos no Terminal Central e não sobre demora ou qualidade dos ônibus (a propósito, a licitação para os bancos saiu esta semana e o prazo para a vencedora fazer o serviço é de cerca de um mês. Então espera-se que em meados de abril já se possa sentar no Central).
Quanto à qualidade, apenas uma empresa está adequada às exigências de idade da frota e cumpriu com os prazos acertados com a Prefeitura para renovação dos ônibus. As outras duas estão devendo, o que é fácil de perceber ao andar nos ônibus.
Mais radiante ainda ficou o secretário ao saber de pesquisa com a população de São Paulo, que deu apenas 55% de aprovação dos usuários ao serviço de ônibus municipal.
Para mim, há um problema de amostragem aí, sendo os paulistanos muito mais exigentes com o serviço público. Outro dia me espantei ao ouvir um transeunte dizer que "podia ter ônibus pelo menos de hora em hora" para a localidade dele. Ora, para mim, 15 minutos é o tempo máximo admissível. Mas o vice-prefeito não concorda comigo nem com o vereador da base aliada, Getúlio Barbosa, que ainda outro dia queixou-se no rádio de que as empresas prestam um péssimo serviço e não deviam estar falando em aumentar passagem.
Já disse aqui e repito, que o SIT é um primeiro passo, sem dúvida uma evolução em relação ao que tínhamos. Mas precisa melhorar muito ainda, pois espera-se demais em muitas linhas, vans de distritos continuam a andar superlotadas e há ainda quatro tipos de transporte que estão fora das regras: motoboys e vans clandestinas, táxis fazendo lotação e carros particulares fazendo lotação também. Tem gente inclusive que vem de outros municípios trazer algum passageiro e passa o dia rodando em Feira, transportando clandestinamente. Quanto a isso, vem aí uma nova onda de repressão, envolvendo Agerba, Polícia Rodoviária Federal, Superintendência de Trânsito e PM, que já se reuniram com a Secretaria de Trânsito para combinar como serão as blitze. Para mim, permanece o conceito de que se há espaço para tanta clandestinidade é porque o sistema oficial não atende a contento a população.
No final acabei esquecendo uma pergunta, que lanço aqui para reflexão coletiva. Porque há tantos ônibus com a parte de baixo das janelas vedadas, sem poder abrir? Para proteger do frio, neste nosso sertão, é que não é. Eu até poderia imaginar que se tratasse de um modo de evitar que o passageiro pulasse pela janela, sem pagar passagem, mas isto não é viável porque a cobrança é feita logo que o usuário entra no coletivo. Só suicidas em último estágio passariam pela roleta para depois pular pela janela. Eis um mistério que desafia a lógica.

Rali na avenida

Manhã de quinta-feira, tudo estava seco, depois de chuva não muito volumosa da véspera. Mas algo de muito errado existe com o sistema (se é que existe) de escoamento de águas pluviais neste trecho da avenida Getúlio Vargas, na esquina com rua Teu Teu. Muita água e profundidade razoável, o que obrigava os carros a passar em marcha lenta e motoqueiros a desviar o caminho ou se aventurar com as pernas suspensas no meio da poça com extensão aproximada de 100 metros. Dependendo do carro e do entusiasmo do motorista que passasse, podiam-se admirar cenas dignas de rali, com água espirrando longe.

Publicado na Tribuna Feirense em 10/03/06

VEJA ABAIXO FOTOS DA ÁREA ALAGADA, POR VOLTA DE 8 DA MANHÃ DE QUINTA






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